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Após 16 anos, Brasil volta a ter superávit no comércio com os EUA no 1º. trimestre

Pela primeira vez desde 2008, o Brasil obteve um superávit comercial com os Estados Unidos no primeiro trimestre do ano, com um saldo positivo de US$ 855,6 milhões. O resultado foi obtido graças a uma combinação entre forte alta de 19,5% nas importações e queda de 7,8% nas importações de produtos americanos. Em todo o ano passado, o Brasil teve um déficit de US$ 1,043 bilhão no intercâmbio com os Estados Unidos.

Nos primeiros anos da série histórica iniciada em 1997, a balança comercial brasileiro-americana apresentou saldos em favor do Brasil. O primeiro superávit expressivo foi registrado em 2003: US$ 7,112 bilhões. Nos anos seguintes, novos saldos positivos: 2004 (US$ 8,652 bilhões); 2005 (US$ 10,023 bilhões; o maior superávit brasileiro da série histórica); 2006: US$ 9,938 bilhões; 2007: US$ 6,359 bilhões; e 2008: US$ 1,792 bilhões).

Em 2009, o Brasil voltou a operar em déficit no comércio com seu segundo maior parceiro comercial em todo o mundo, com um saldo negativo de US$ 4,430 bilhões. Quatro anos depois, em 2013, foi registrado o maior déficit brasileiro nas trocas comerciais com os Estados Unidos: US$ 13,376 bilhões.

Destaques de um intercâmbio em ascensão

O superávit brasileiro é apenas um entre os muitos dados positivos alcançados pelo Brasil nas trocas com os americanos. Outros destaques foram apontados pelo Monitor do Comércio Brasil-EUA divulgado na semana passada pela Amcham Brasil. Aqui estão:

Intensificação do comércio: A corrente de comércio entre o Brasil e os EUA alcançou US$ 18,8 bilhões, se aproximando do recorde de US$ 19 bilhões verificado no mesmo período de 2022.

Exportações recordes: O Brasil registrou aumento expressivo de 29,5% nas exportações para os EUA, superando o crescimento das vendas externas brasileiras para outros parceiros. Esse desempenho ressalta o papel dos EUA para a produção e venda de diversos setores, como indústria de transformação, indústria extrativa e agropecuária.

Crescimento em produtos-chave: Houve aumento em valor e quantidade em oito dos dez principais produtos exportados para os EUA, como petróleo em bruto, óleos combustíveis, café não torrado, aeronaves, suco de laranja, ferro gusa e equipamentos de engenharia civil -o que demonstra a diversidade da pauta exportadora brasileira.

Importações: Apesar da queda geral nas importações, causada pela redução nas compras brasileiras de óleos combustíveis, houve aumento em oito dos dez principais produtos importados pelo Brasil dos EUA, como motores e máquinas não elétricos, polímeros de etileno (37,7%), petróleo bruto, aeronaves e instrumentos e aparelhos de medição, indicando áreas de crescente interdependência produtiva e comercial.

Expectativa para 2024

Com base nesses dados, o Monitor da Amcham projeta para 2024 aumento no comércio bilateral, orientado pelo crescimento das exportações brasileiras e pela expectativa de expansão das economias e consequente da demanda no Brasil e nos EUA.

O estudo destaca ainda que 2024 marca os 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países e segundo Abrão Neto, CEO da Amcham, “além de celebrar os resultados dessa longa e sólida trajetória de parceria, o bicentenário oferece um contexto emblemático para lançar as bases de um novo ciclo para o aprofundamento da integração bilateral”.

Fonte: Amcham