Tanto o CEO da Wenbii quanto o da My DNA elogiaram o profissionalismo do país, a facilidade de abertura, os programas do governo voltados para startups, o bom ambiente para negócios e principalmente o potencial de “trampolim” para crescimento. “O Chile é pequeno, do tamanho de São Paulo. Mas você entra aqui e depois consegue acessar mais facilmente outros mercados. É um trampolim para a internacionalização”, afirmou o CEO da My DNA, Murilo Arruda.
O CEO da Wenbii, Alexandre Francato, afirma que o mercado chileno também é muito forte em termos de aliança e que qualquer startup para se desenvolver precisa de parcerias boas e estratégicas. “Por meio das aceleradoras e da Corporação de Fomento à Produção (CORFO) — agência do governo chileno que por meio de diversos programas apoia o empreendedorismo, a inovação e a competitividade com foco em promover o desenvolvimento econômico do país — grandes empresas chegam e fazem parceria com as startups”, afirma.
Segundo ele, esses programas abrem todas as portas e é fundamental estar bem assessorado para ter sucesso no processo de instalação em qualquer país. No Chile, a Wenbii teve o apoio da Imagine Lab, incubadora e aceleradora de startups número 1 do Chile e que conta com o apoio da Microsoft. O CEO do Grupo Imagine, Javier Cueto, também foi convidado a participar do seminário e apresentou seu trabalho reforçando também a importância das parcerias no universo das startups.
A startup Quiron, empresa de Santa Catarina inaugurada há mais de dois anos e que trabalha com monitoramento digital de florestas, tem interesse em conquistar novos clientes no Chile. O co-fundador da empresa, Marcelo Santos, achou fundamentais as informações compartilhadas no seminário. “A troca de experiências, os contatos, as possibilidades de aceleração e de investimento e as dicas de como conseguir se estabelecer no país trouxeram um mapeamento bem completo com orientações bem importantes”, afirmou. Segundo ele, sem o programa StartOut, provavelmente eles levariam muito tempo para ter acesso a todas essas informações que vão permitir à empresa acessar o mercado chileno com mais segurança.
A Serall, startup brasileira com foco na produção de vedação de borracha com tecnologia própria baseada em nanomateriais, uma das startups participantes do programa que busca novos clientes e parceiros no Chile, ficou ainda mais interessada em entrar no mercado chileno Chile depois de participar do seminário. O CMO da empresa, Federico Salcido, disse que o seminário propiciou o entendimento do ecossistema de empreendedorismo do Chile e que o StartOut Brasil possibilitou agenda de reuniões com possíveis parceiros que eles não saberiam como chegar. “A matchmaker local, a Innova 360, nos ajudou muito. Agendaram reuniões com possíveis clientes muito interessantes para nós”, concluiu Federico.
A Innova360 é a matchmaker local contratada pelo programa que auxiliou as startups participantes do StartOut Brasil no agendamento das reuniões de negócios com possíveis investidores e parceiros locais. Ao longo dessa semana, cada empresa terá a oportunidade de fazer contatos diretos com representantes de mercado da sua área.
“Nosso objetivo é criar oportunidades para interações entre as startups brasileiras e os agentes do ecossistema chileno com ganhos mútuos para os dois países”, afirma a gerente de Competitividade da ApexBrasil, Clarissa Furtado, que acompanha as startups na missão de imersão e também participou do seminário. “Temos aqui conosco startups que desenvolveram soluções criativas e inovadoras que podem contribuir com a economia chilena em setores relevantes”, afirmou Clarissa.
A InvestChile, agência pública responsável por promover o Chile no mercado global e atrair investimento estrangeiro para o país, também participou do seminário. “Viemos trabalhando faz cerca de três anos, tanto com a Embaixada do Brasil no Chile e com a ApexBrasil, impulsionando a internacionalização das startups brasileiras aqui. O cenário tecnológico está se desenvolvendo muito bem e estamos atraindo empresas com propostas muito interessantes”, afirmou o executivo de Promoção e Investimento estrangeiro da Invest Chile, Juan Pablo Garnica.
As empresas Stefanini Chile e a Daoura, ambas já instaladas no Chile há muitos anos, fizeram ainda ao final do seminário uma rodada de mentoria, onde responderam a perguntas e compartilharam experiências e curiosidades sobre o relacionamento comercial com os chilenos.
As startups selecionadas pelo programa StartOut Brasil para a “missão imersão” do ciclo Santiago 2022 são: adamaNT, Aware., CliclCompliance, Conatus Ambiental, Everlog, MeuResíduo, Mindsight, NoMoo, Onegrid, PWTech, Quiron, School Guardian, Serall, Suthub e Yours Bank. Dessas, oito são de São Paulo, três do Rio Grande do Sul, duas do Rio de Janeiro, uma de Santa Catarina e uma do Espírito Santo. Todas já receberam algum tipo de investimento ou tem faturamento igual ou acima de R$ 500 mil.
Essas empresas apresentam soluções criativas, inovadoras e tecnológicas que incorporam inteligência artificial e softwares nos setores de mineração, agricultura, logística, serviços financeiros, governança, manejo de resíduos, gestão de recursos humanos, química verde e entre outros.
Foram selecionadas depois de passarem pela primeira etapa do programa, a “missão virtual”, entre março e maio deste ano, e foram escolhidas dentre as 40 que participaram. A missão de imersão é a segunda etapa do StartOut e depois ainda haverá a última, que é a missão follow-up. Todos os ciclos passam por essas três etapas.
Esta é a segunda vez que o StartOut Brasil realiza um ciclo em Santiago. Em 2019, um total de 19 empresas articiparam da missão presencial na capital chilena apoiadas pela ApexBrasil.
O programa StartOut Brasil
O StartOut Brasil atende empreendedores brasileiros de negócios tecnológicos que desejam realizar uma imersão nos mais promissores ecossistemas de empreendedorismo do mundo e expandir seus negócios para esses destinos. O programa seleciona startups brasileiras já estabelecidas, que estejam faturando preferencialmente acima dos R$ 500 mil no acumulado total ou que tenham recebido algum tipo de investimento.
O programa é realizado pela ApexBrasil, pela Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia (Sepec/ME), pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec).
Criado em 2017, o StartOut Brasil já realizou 11 ciclos de internacionalização em 9 países, como China, Estados Unidos, França, Alemanha, Canadá, Colômbia, Portugal, Chile e Argentina. Este que acontece agora em Santiago é o 12o ciclo do programa. De acordo com o relatório do Ministério da Economia sobre os quatro anos do StartOut Brasil, entre 2018 e 2021, o programa fez mais de 220 atendimentos, atendeu 149 startups e gerou mais de US$ 16 milhões em negócios.
ApexBrasil
A ApexBrasil atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos, apoiando atualmente cerca de 15 mil empresas em 80 setores da economia brasileira. Também já atendeu mais de 1.300 investidores e mais de 118 projetos no valor de US$ 23 bilhões em investimentos anunciados no Brasil. A Agência faz parte do Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil, por meio do qual conta com mais de 120 escritórios no mundo, e trabalha em estreita colaboração com outros ministérios, órgãos reguladores e entidades de classe.
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Fonte: ApexBrasil